No campo do cinema, o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (Incaa) demitiu 170 funcionários, suspendeu o pagamento de horas extras e interrompeu a recepção de novos projetos. Essas medidas afetam diretamente a produção cinematográfica argentina, que é reconhecida internacionalmente e já conquistou diversos prêmios, incluindo o Oscar.
Os cortes também atingem a indústria literária e musical, com músicos renomados como Charly García e Fito Páez se posicionando contra um projeto de lei proposto por Milei, que ameaçava fechar órgãos de fomento à cultura e revogar a lei de defesa da atividade livreira. O presidente da Câmara Argentina do Livro alertou para os impactos negativos dessas medidas nas pequenas e médias livrarias, que já estão sofrendo com a queda nas vendas de livros.
O futuro das indústrias culturais na Argentina parece incerto, com artistas e especialistas apontando para um cenário sombrio caso os cortes e a desvalorização da cultura continuem. O ex-diretor nacional de indústrias culturais alerta para a importância do Estado no desenvolvimento de políticas para o setor e critica a postura do governo de Milei.
Em meio a essas controvérsias e incertezas, os artistas argentinos se unem em defesa da cultura e da liberdade de expressão, buscando preservar o rico legado cultural do país. A batalha entre o governo e o meio artístico parece longe de acabar, deixando a cultura argentina à beira do precipício e seu futuro em perigo.