Presidente argentina Javier Milei é acusado de desgastar a cultura em meio a cortes e demissões que ameaçam o cinema e a música.

A cultura argentina está em alerta máximo, com artistas nacionais e internacionais acusando o presidente Javier Milei de desgastar o setor cultural em um país conhecido mundialmente por seu cinema, música e literatura de alta qualidade. Desde dezembro, a política de cortes do líder ultraliberal tem levado à paralisação de programas e instituições de fomento cultural, causando preocupação e incerteza no meio artístico.

No campo do cinema, o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (Incaa) demitiu 170 funcionários, suspendeu o pagamento de horas extras e interrompeu a recepção de novos projetos. Essas medidas afetam diretamente a produção cinematográfica argentina, que é reconhecida internacionalmente e já conquistou diversos prêmios, incluindo o Oscar.

Os cortes também atingem a indústria literária e musical, com músicos renomados como Charly García e Fito Páez se posicionando contra um projeto de lei proposto por Milei, que ameaçava fechar órgãos de fomento à cultura e revogar a lei de defesa da atividade livreira. O presidente da Câmara Argentina do Livro alertou para os impactos negativos dessas medidas nas pequenas e médias livrarias, que já estão sofrendo com a queda nas vendas de livros.

O futuro das indústrias culturais na Argentina parece incerto, com artistas e especialistas apontando para um cenário sombrio caso os cortes e a desvalorização da cultura continuem. O ex-diretor nacional de indústrias culturais alerta para a importância do Estado no desenvolvimento de políticas para o setor e critica a postura do governo de Milei.

Em meio a essas controvérsias e incertezas, os artistas argentinos se unem em defesa da cultura e da liberdade de expressão, buscando preservar o rico legado cultural do país. A batalha entre o governo e o meio artístico parece longe de acabar, deixando a cultura argentina à beira do precipício e seu futuro em perigo.

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