Presidente do Conselho Europeu questiona Donald Trump sobre apoio à Ucrânia e desafia o ex-presidente a esclarecer os fatos.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, não poupou críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira (19). Em uma declaração pública, Michel questionou as informações divulgadas por Trump, que pediu à Europa para contribuir mais com a Ucrânia.

Michel aconselhou Trump a não se deixar intimidar pelo presidente russo Vladimir Putin e ressaltou que a contribuição da União Europeia à Ucrânia já é significativa, totalizando 143 bilhões de euros. O presidente do Conselho Europeu também destacou a importância de esclarecer os fatos e mencionou que os números falam por si mesmos.

As declarações de Trump surgiram em meio a uma votação no Congresso americano sobre um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 61 bilhões de dólares. O ex-presidente dos EUA instou a Europa a tomar medidas em apoio ao país do Leste Europeu, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde fevereiro de 2022.

Trump, apesar de não ocupar nenhum cargo atualmente, exerce influência sobre muitos legisladores do Partido Republicano, que têm atrasado a aprovação de novos fundos de ajuda militar à Ucrânia. Enquanto os EUA investiram mais de 100 bilhões de dólares na guerra na Ucrânia, Trump questionou por que a Europa não pode igualar esse valor para ajudar o país necessitado.

Durante sua administração, Trump já havia criticado os países europeus por não investirem o suficiente em defesa. Na atual campanha eleitoral, ele reiterou a importância do compromisso europeu com a segurança na região, ameaçando permitir que a Rússia faça o que quiser com os países da Otan que não cumprem com as expectativas de gastos em defesa.

Enquanto o impasse persiste no Congresso dos EUA, os países da União Europeia têm aprovado apoio militar e orçamentário para a Ucrânia. A situação permanece tensa, com a Europa desafiada a equilibrar suas responsabilidades de defesa com a pressão de Trump por uma maior contribuição ao país ucraniano.

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