No e-mail, Randolph expressa tristeza com o rompimento da barragem e menciona um relatório independente feito a pedido da BHP alguns anos antes do desastre. Na correspondência, ele relata ter enviado comentários extensos sobre os riscos da barragem após visitar o local e ter solicitado revisões à diretoria. A defesa dos atingidos considera que esse e-mail é uma peça fundamental para comprovar que a BHP estava ciente dos riscos de colapso da barragem.
O processo no Reino Unido representa cerca de 700 mil atingidos que buscam indenizações por danos morais e materiais causados pelo desastre. Além disso, municípios, empresas e instituições religiosas também estão envolvidos na ação. As audiências para avaliar as responsabilidades pela tragédia estão programadas para outubro deste ano, mas o desfecho do caso pode se arrastar até o final de 2026.
Enquanto o processo reparatório no Brasil envolvendo a Fundação Renova, criada a partir do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), enfrenta diversos questionamentos judiciais e críticas em relação à demora na reconstrução de áreas afetadas e aos valores das indenizações. A Justiça Federal também condenou Samarco, Vale e BHP a pagar uma indenização milionária por danos morais coletivos, decisão da qual as mineradoras estão recorrendo.
Diante desse cenário, a BHP Billiton destacou que a recente audiência no Reino Unido foi procedimental e não discutiu o mérito do caso, enfatizando que as discussões sobre provas e documentos são comuns nessa fase do processo. As alegações sobre a responsabilidade das mineradoras serão objeto de futuras audiências em outubro de 2024, com a duração prevista de 14 semanas. A definição das responsabilidades e as possíveis indenizações individuais devem se estender até o final de 2026.