O segundo político assassinado no mesmo dia foi Alberto Antonio García, candidato do partido governista Morena à prefeitura de San José Independencia, em Oaxaca, no sul do México. García e sua esposa, Agar Cancino, que atualmente ocupa o cargo de prefeita da cidade, estavam desaparecidos desde quarta-feira e, infelizmente, apenas Cancino foi encontrada viva na sexta-feira. García foi descoberto morto, conforme informado pela Promotoria do estado.
Estes trágicos eventos ocorrem em um contexto preocupante, no qual 15 candidatos a cargos regionais já foram assassinados desde o início do processo eleitoral em setembro do ano passado. A violência política no México, muitas vezes ligada ao crime organizado, tem sido um problema contínuo, marcado por tentativas de submissão de candidatos por grupos mafiosos e disputas de poder entre diferentes facções políticas.
Em abril, Gisela Gaytán, candidata a prefeita de Celaya pelo partido Morena, também foi vítima de um ataque fatal, evidenciando a gravidade da situação. Desde o início da chamada “guerra contra as drogas” em 2006, o México já registrou mais de 420.000 assassinatos, de acordo com dados oficiais.
Diante desse cenário alarmante, as autoridades e a sociedade mexicana precisam redobrar os esforços para garantir a segurança dos candidatos e eleitores, além de buscar medidas eficazes para combater a violência política e a influência do crime organizado no processo eleitoral do país.