Segundo informações divulgadas em uma nota técnica pelo Ministério da Saúde, não foram identificados outros casos relacionados ao paciente infectado. A pasta ressaltou a importância da investigação epidemiológica realizada pelas equipes de saúde locais e enfatizou a necessidade de profissionais de saúde estarem sensibilizados em relação à situação epidemiológica da doença.
O Ministério da Saúde esclareceu que o paciente não tinha histórico recente de viagens para países com notificações de cólera, o que levou a considerar o caso como autóctone, ou seja, de transmissão local. Desde 2005, o Brasil não registrava casos de contaminação local, tendo apenas diagnósticos importados confirmados.
A preocupação em relação ao cenário mundial se dá pelo avanço da doença em diversos países onde a cólera é endêmica. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 31 países registraram casos ou declararam surtos de cólera no período de janeiro a março de 2024, resultando em 79,3 mil casos e 1,1 mil mortes.
Em relação aos sintomas da cólera, a infecção intestinal é causada pela bactéria Vibrio cholerae, que gera sintomas como diarreia aquosa, desidratação e perda de fluidos. A transmissão ocorre principalmente por via fecal-oral, através de alimentos ou água contaminados, ou contato direto com fezes ou vômitos de uma pessoa infectada.
Para prevenir a cólera, o Ministério da Saúde recomenda medidas como lavar as mãos regularmente, tratar a água para consumo, evitar alimentos crus ou mal cozidos, entre outros. Apesar de existirem vacinas para a doença, no Brasil elas não fazem parte do programa de imunizações de rotina devido à baixa incidência local.
O surto global da cólera tem mobilizado a OMS a repensar estratégias de vacinação devido à escassez de doses. A prevenção e o controle da doença são fundamentais para impedir sua propagação e proteger a população vulnerável. A vigilância contínua e a adoção de boas práticas de higiene são essenciais para minimizar o risco de contaminação pela cólera.
