O homem, de 61 anos, mora há vários anos na França e justificou suas ações no tribunal como uma forma de retaliar as autoridades iranianas, a quem ele se referiu como terroristas. Ele alegou ter recebido a notícia de que seu primo foi enforcado no Irã e sua irmã foi presa, o que o motivou a tomar a atitude extrema. Nicolas K., como é identificado, é conhecido por participar de manifestações de opositores do governo iraniano na capital francesa.
Durante o julgamento, testemunhas relataram que o homem repetia frases como “Quero morrer, estou farto” enquanto estava no consulado com os explosivos falsos. A polícia agiu rapidamente, com negociadores conseguindo detê-lo sem maiores danos. Sua advogada pediu a absolvição, argumentando que a condenação representaria uma interferência desproporcional na liberdade de expressão do cliente.
Por outro lado, o representante da promotoria solicitou um ano de prisão, alegando que as ações de Nicolas não foram um ato de resistência política, mas sim violações do direito comum. O tribunal decidiu pela condenação de 10 meses, com todas as medidas restritivas adicionais. A situação alertou para a tensão existente entre o Irã e seus opositores, mesmo em solo estrangeiro.