A exposição foi estruturada como um desfile de escola de samba, destacando as origens e o ambiente familiar da trajetória de Ivone Lara. O foco foi em sua carreira musical, suas composições, parcerias e participações na escola de samba Império Serrano, do Rio de Janeiro. Ivone Lara dedicou grande parte de sua vida em defesa de tratamentos humanizados nos serviços psiquiátricos.
Além de Dona Ivone Lara, outras 10 mulheres negras, brancas e indígenas foram homenageadas na exposição, incluindo enfermeiras e médicas que deixaram suas marcas na história da saúde pública brasileira, como Wanda Horta, Roseni Rosangela de Sena, Anna Nery, Simone Maria Leite Batista, Isabel dos Santos e Fátima Oliveira.
Para o mês de maio, está prevista uma segunda etapa da exposição, que irá celebrar a trajetória de mulheres vivas e atuantes na área da saúde.
Ivone Lara foi a primeira mulher brasileira a assinar um samba-enredo, e era enfermeira de formação. Por 37 anos, atuou como servidora do Ministério da Saúde, onde se especializou como terapeuta ocupacional e lutou pela humanização do tratamento psiquiátrico. Sua abordagem musical inovadora no Instituto de Psiquiatria do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, tornou-se referência no tratamento e acolhimento de pacientes.
Em 2024, uma lei foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, instituindo o Dia Nacional da Mulher Sambista em 13 de abril, data do nascimento de Ivone Lara da Costa. A sambista faleceu em 2018 aos 96 anos, deixando um importante legado na história da música e da saúde no Brasil.
