Investimento em Diagnóstico é Essencial para Combate ao Câncer, Afirma Diretor do Inca e Deputado Apresenta Projeto para Mais Recursos.

Na última terça-feira (23), a Comissão Especial de Combate ao Câncer da Câmara dos Deputados reuniu participantes para discutir a importância do investimento em diagnóstico como forma de enfrentar a doença. O diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Roberto de Almeida Gil, destacou que atualmente a maioria dos casos de câncer no Brasil são detectados tardiamente, o que diminui as chances de cura e torna os tratamentos mais dispendiosos e menos eficazes.

Segundo Gil, a indústria farmacêutica produz medicamentos caros que proporcionam apenas alguns meses extras de vida aos pacientes. Com um orçamento limitado no Sistema Único de Saúde (SUS), esses tratamentos de alto custo acabam comprometendo investimentos que poderiam ser direcionados para melhorar a política de atendimento aos pacientes oncológicos.

Diante desse cenário, o deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG) apresentou um projeto de lei, o PLP 65/24, com o objetivo de destinar mais recursos para o combate ao câncer. A proposta prevê que a União destine 4% das verbas da saúde para a oncologia, os estados apliquem 3% e os municípios com mais de 200 mil habitantes, 2%.

Ao aumentar o investimento no enfrentamento do câncer, Prado acredita que seria possível elevar de cerca de R$ 4 bilhões para mais de R$ 13 bilhões os recursos destinados à doença. Ele se comprometeu a trabalhar para que a proposta seja aprovada com regime de urgência.

Além disso, durante o debate, a presidente da Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, Joana Jeker dos Anjos, sugeriu a criação de centros especializados em diagnóstico do câncer. A medida proposta por Joana poderia reduzir o tempo de espera para o diagnóstico e início do tratamento, seguindo as diretrizes da Lei 13.896/19.

A discussão na Comissão Especial ressaltou a importância de priorizar o diagnóstico precoce e o investimento em políticas públicas para o combate ao câncer, visando oferecer um atendimento mais eficiente e acessível aos pacientes oncológicos em todo o país. A sociedade civil e agentes políticos seguem engajados na luta contra a doença e na busca por soluções que possam impactar positivamente na vida da população.

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