Moradora da região há mais de 10 anos, Érika vive em uma casa simples na Avenida do Corretor com seus filhos, incluindo uma filha diagnosticada com deficiência aos 6 anos. Seu tio, que morava com ela, tinha 68 anos e contava com Érika para cuidar dele, especialmente em momentos de internação.
Os relatos de familiares e documentos apresentados pela defesa de Érika indicam que ela sofre de transtorno psiquiátrico e estava em tratamento desde 2015. Ela fazia uso de remédios e foi internada em algumas ocasiões por conta de quadros de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas.
Apesar das acusações de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio do cadáver de Paulo, sua família a defende veementemente, destacando que Érika sempre foi uma mãe dedicada e honesta, que criou seus filhos com o caminho do estudo e da honestidade.
A história de Érika ganhou repercussão nacional após o ocorrido na agência bancária, em que funcionários gravaram um vídeo que viralizou nas redes sociais, mostrando a situação em que Paulo foi encontrado e o desenrolar dos acontecimentos. O caso chocou a comunidade e despertou debates sobre saúde mental e responsabilidade legal em situações como essa.
No entanto, a defesa de Érika alega que ela atendia a um pedido do próprio tio, que queria fazer compras para a casa, e que a situação foi mal interpretada. O desfecho triste dessa história foi o enterro de Paulo no último sábado, seguido por cerca de 15 pessoas da família e amigos.
A aguardar os desdobramentos judiciais desse caso tão delicado, a comunidade de Vila Aliança se vê envolta em polêmicas e questionamentos sobre os cuidados com a saúde mental e o papel da família no acompanhamento de entes queridos em situações vulneráveis. É uma triste saga que revela muito sobre a fragilidade de nossas relações e a importância do cuidado e do apoio emocional em momentos difíceis como esse.