Mulher de 42 anos é presa em flagrante após levar tio morto a agência bancária para sacar empréstimo de R$ 17 mil.

Na última terça-feira, a comunidade de Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, foi surpreendida pelo caso envolvendo Érika de Souza Vieira Nunes, uma dona de casa de 42 anos e mãe de seis filhos. Érika foi presa em flagrante após levar seu tio, Paulo Roberto Braga, a uma agência bancária para sacar um empréstimo de R$ 17 mil e ser constatado que ele estava morto.

Moradora da região há mais de 10 anos, Érika vive em uma casa simples na Avenida do Corretor com seus filhos, incluindo uma filha diagnosticada com deficiência aos 6 anos. Seu tio, que morava com ela, tinha 68 anos e contava com Érika para cuidar dele, especialmente em momentos de internação.

Os relatos de familiares e documentos apresentados pela defesa de Érika indicam que ela sofre de transtorno psiquiátrico e estava em tratamento desde 2015. Ela fazia uso de remédios e foi internada em algumas ocasiões por conta de quadros de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas.

Apesar das acusações de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio do cadáver de Paulo, sua família a defende veementemente, destacando que Érika sempre foi uma mãe dedicada e honesta, que criou seus filhos com o caminho do estudo e da honestidade.

A história de Érika ganhou repercussão nacional após o ocorrido na agência bancária, em que funcionários gravaram um vídeo que viralizou nas redes sociais, mostrando a situação em que Paulo foi encontrado e o desenrolar dos acontecimentos. O caso chocou a comunidade e despertou debates sobre saúde mental e responsabilidade legal em situações como essa.

No entanto, a defesa de Érika alega que ela atendia a um pedido do próprio tio, que queria fazer compras para a casa, e que a situação foi mal interpretada. O desfecho triste dessa história foi o enterro de Paulo no último sábado, seguido por cerca de 15 pessoas da família e amigos.

A aguardar os desdobramentos judiciais desse caso tão delicado, a comunidade de Vila Aliança se vê envolta em polêmicas e questionamentos sobre os cuidados com a saúde mental e o papel da família no acompanhamento de entes queridos em situações vulneráveis. É uma triste saga que revela muito sobre a fragilidade de nossas relações e a importância do cuidado e do apoio emocional em momentos difíceis como esse.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo