Comissão da Câmara aprova projeto que autoriza estados a legislar sobre posse e porte de armas para defesa pessoal.

No dia 24 de abril de 2024, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados realizou uma votação importante. Com 34 votos a favor e 30 contra, foi aprovado um projeto de lei complementar que permite aos estados e ao Distrito Federal legislarem sobre posse e porte de armas de fogo para defesa pessoal, práticas esportivas e controle de espécies invasoras.

A proposta, apresentada pela presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni (PL-SC), agora aguarda análise do Plenário da Câmara. O relator do projeto, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), emitiu um parecer favorável e destacou a importância de os estados poderem decidir sobre o acesso às armas de fogo de acordo com suas peculiaridades regionais.

Durante a discussão, houve divergências de opiniões entre os parlamentares. Enquanto os apoiadores do projeto defendiam o direito dos cidadãos de portarem armas de fogo para defesa pessoal e familiar, os críticos alertaram para os riscos de aumentar a circulação de armas na sociedade, o que poderia resultar em mais violência.

O deputado Éder Mauro (PL-PA) argumentou a favor do projeto, ressaltando a importância de as pessoas poderem se protegerem contra possíveis ameaças, incluindo ditaduras. Já a deputada Dandara (PT-MG) levantou a questão da segurança das mulheres, apresentando dados alarmantes sobre feminicídios causados por armas de fogo.

Além disso, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) trouxe um enfoque jurídico para o debate, destacando que a Constituição atribui à União a competência de legislar sobre material bélico. Ele ressaltou que os estados só podem legislar sobre questões específicas das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares.

Diante de tantos posicionamentos divergentes, a aprovação do projeto gerou polêmica e promete continuar sendo tema de discussões intensas. É esperado que o tema seja levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para uma avaliação mais aprofundada sobre sua constitucionalidade.

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