Antes mesmo do início do julgamento, programado para esta segunda-feira, o Serviço Secreto já se preparava para a possibilidade de ter que lidar com um ex-presidente atrás das grades. Autoridades de diversas agências se reuniram para discutir estratégias de como mover e proteger Trump caso ele fosse preso por desacato, conforme solicitado pelos promotores.
Proteger Trump em um ambiente prisional representaria um grande desafio logístico e operacional. Seria necessário mantê-lo separado dos outros detentos, controlar sua alimentação e outros pertences pessoais, além de garantir vigilância 24 horas por dia. Uma equipe de agentes do Serviço Secreto se revezaria para garantir a segurança do ex-presidente, mesmo dentro da prisão.
Autoridades prisionais apontam que algumas prisões estaduais em Nova York têm alas vazias que poderiam servir para acomodar Trump e sua equipe de proteção. O porta-voz do Serviço Secreto em Washington se recusou a comentar sobre as operações de proteção, mas destacou a tecnologia de ponta, inteligência e táticas específicas usadas para proteger ex-presidentes.
O julgamento de Trump em Manhattan trata de acusações de falsificação de registros financeiros para encobrir um escândalo sexual. Se condenado, o ex-presidente poderia cumprir penas que variam de liberdade condicional a quatro anos de prisão estadual. Mesmo se eleito presidente novamente, Trump não poderia aplicar o perdão presidencial em seu próprio caso, uma vez que esse poder é limitado para crimes estaduais.
O desafio de proteger um ex-presidente na prisão é inédito e representa um território desconhecido para as autoridades. No entanto, o Serviço Secreto e outras agências estão se preparando para lidar com essa possibilidade, caso Trump seja condenado. O processo legal poderá se prolongar, mas a questão da segurança e logística para garantir a custódia do ex-presidente permanece em pauta.
