Investigações em curso sobre invasões ao Siafi levantam suspeitas de desvio milionário de recursos públicos, envolvendo órgãos de segurança e o Tesouro Nacional.

Em meio a recentes invasões que levantaram suspeitas de desvio de recursos no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Banco Central e Tesouro Nacional está investigando o caso. A segurança do sistema, que é administrado pelo Tesouro Nacional, foi comprometida, levando a questionamentos sobre a integridade dos dados contidos na plataforma.

Embora não haja confirmação oficial de desvios de recursos, veículos de comunicação sugerem que valores que variam entre R$ 3,5 milhões e R$ 14 milhões podem ter sido desviados. O Tesouro Nacional alega que as tentativas de operações fraudulentas foram identificadas a tempo e não geraram prejuízos à integridade do sistema, porém não revelou se as transações foram concretizadas com sucesso.

Os invasores teriam utilizado credenciais de gestores federais no Portal Gov.br para acessarem o Siafi, indicando uma possível falha no controle de acesso. Notavelmente, não houve registro de um ataque cibernético externo que tenha explorado vulnerabilidades de segurança na plataforma, o que sugere que a ameaça veio de dentro do próprio sistema.

O Siafi, criado em 1987, tem como principal função controlar e acompanhar a execução do Orçamento Geral da União, registrando os pagamentos feitos pela conta única do Tesouro Nacional. A plataforma é essencial para monitorar as despesas primárias e financeiras do governo, além de permitir o monitoramento do patrimônio público.

Além do Executivo, o Legislativo e Judiciário também utilizam o Siafi para registrar seus gastos, demonstrando a importância e abrangência do sistema. O Tesouro Nacional divulga mensalmente, com base nos dados do Siafi, o resultado primário do Governo Central, auxiliando na transparência e controle financeiro.

A situação do Siafi levanta preocupações em relação à segurança cibernética do setor público, destacando a necessidade de investimento em medidas de proteção e monitoramento mais eficazes. A investigação em curso deve esclarecer as circunstâncias das invasões e garantir a integridade dos registros financeiros do governo.

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