Malala Yusafzai é criticada no Paquistão por colaboração em musical sobre sufragistas com Hillary Clinton na Broadway.

Malala Yusafzai, a jovem paquistanesa vencedora do Prêmio Nobel da Paz, vem enfrentando críticas em seu país de origem devido à sua participação em um musical sobre as sufragistas ao lado de Hillary Clinton. A publicidade em torno do espetáculo despertou a ira de comentaristas anônimos no antigo Twitter, que a acusaram de não se pronunciar sobre a guerra em Gaza e de colaborar com uma figura controversa como Clinton.

Essas críticas vêm de diversos setores da sociedade paquistanesa, incluindo círculos islamistas, que consideram Malala uma “agente dos Estados Unidos” criada para corromper a juventude. Mesmo sendo uma ativista mundialmente reconhecida pelos direitos das mulheres, a visão sobre ela em seu país natal está longe de ser unânime.

Além das críticas sobre sua colaboração no musical, Malala também foi alvo de questionamentos por não expressar solidariedade com os palestinos em meio aos conflitos na Faixa de Gaza. Embora tenha condenado publicamente a morte de civis na região e pedido por um cessar-fogo, muitos ainda questionam sua postura em relação a este tema.

Figuras importantes do feminismo no Paquistão também se juntaram ao coro de críticos, lamentando a escolha de Malala em se associar a Hillary Clinton. Algumas vozes expressaram decepção com a jovem ativista, que se tornou um símbolo global de resistência ao extremismo religioso após sobreviver a um atentado em 2012.

Malala Yusafzai, que se tornou a mais jovem vencedora do Nobel da Paz em 2014 aos 17 anos, enfrenta agora um novo desafio em sua trajetória como defensora dos direitos humanos, tendo que lidar com críticas vindas até de seu próprio país. Sua relação com Hillary Clinton e a falta de posicionamento em relação a questões controversas têm gerado polêmica e questionamentos sobre sua credibilidade.

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