Essa reviravolta acontece em um momento de crescente pressão sobre Caracas devido à eleição presidencial agendada para julho, na qual vários opositores foram proibidos de concorrer. Ao lado do procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, Maduro afirmou que recebeu a proposta para reabrir o escritório e que concorda com a superação das diferenças.
O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, deve visitar a capital venezuelana em aproximadamente três semanas, marcando assim o reinício das atividades do escritório. Maduro declarou estar preparado para receber Türk e confirmou que as portas do Palácio de Miraflores estão abertas para ele.
Até o momento, o Alto Comissariado das Nações Unidas não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o assunto. No entanto, Khan, responsável por investigar supostos crimes contra os direitos humanos cometidos pelo governo venezuelano desde 2017, comemorou a decisão e agradeceu a Maduro por permitir a volta do escritório da ONU.
Em fevereiro, o chanceler venezuelano, Yvan Gil, havia anunciado a suspensão do escritório da ONU em resposta às críticas feitas pela instituição à prisão da ativista Rocío San Miguel. Agora, com a reabertura do escritório, espera-se uma aproximação entre a Venezuela e a ONU no que diz respeito aos direitos humanos.