Durante a audiência desta quarta-feira, Ivanov compareceu vestindo um uniforme militar e permaneceu dentro de um cubículo de vidro reservado aos detidos. Ele ficará em prisão preventiva até 23 de junho, enquanto aguarda julgamento por supostamente ter recebido subornos em larga escala, crime que pode resultar em até 15 anos de prisão.
Além de Ivanov, seu suposto cúmplice Sergei Borodin também recebeu a mesma acusação e foi colocado em prisão preventiva. A investigação da fundação Navalny em 2022 revelou que Ivanov supervisionou e lucrou com projetos de construção em Mariupol, cidade ucraniana conquistada pela Rússia após conflitos prolongados.
Como responsável por coordenar obras no Ministério da Defesa, Ivanov teria participado de um esquema de corrupção envolvendo a contratação e terceirização de trabalhos para o departamento. Fontes das forças de segurança, que preferiram não se identificar, informaram que Ivanov permanecerá detido na prisão de Lefortovo, em Moscou, sob administração dos serviços de segurança russos.
O jornalista americano Evan Gershkovich também está detido no mesmo centro penitenciário, segundo informações da agência TASS. A situação de Ivanov e Borodin aumenta a pressão sobre o governo russo em relação à corrupção e transparência nos cargos públicos do país. A prisão preventiva dos acusados é mais um capítulo dessa história em que a justiça busca punir os envolvidos em crimes de corrupção.
