Na segunda parte do documentário, somos apresentados aos desafios enfrentados pelos líderes políticos da época. Figuras como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Leonel Brizola tiveram que lidar com pressões tanto do governo militar quanto com divergências internas dentro do movimento das Diretas Já. A unidade em torno de um ideal comum muitas vezes se mostrou frágil diante das ambições individuais.
Além disso, o filme destaca a importância da mídia e das manifestações populares para a mobilização da sociedade civil. Shows musicais, comícios e marchas foram essenciais para manter viva a chama da esperança em meio à opressão e à censura do regime militar. A voz do povo se fez ouvir e as Diretas Já se tornaram um grito por liberdade e democracia.
Ao longo da narrativa, também são abordados os episódios que culminaram na promulgação da Constituição de 1988, marco fundamental para a consolidação do Estado Democrático de Direito no Brasil. A luta pelas Diretas Já não foi em vão, pois abriu caminho para uma nova era na política nacional, marcada pela participação popular e pela defesa dos direitos civis.
Em tempos de polarização política e ameaças à democracia, revisitar a história das Diretas Já se torna ainda mais relevante. O documentário “Roteiro da Liberdade” nos convida a refletir sobre os desafios enfrentados no passado e a reafirmar nosso compromisso com os valores democráticos. A luta pela liberdade não termina com uma eleição, mas é um processo contínuo que exige vigilância e engajamento de todos os cidadãos.