A missão é comandada por Ye Guangfu, um piloto de caças que já participou da missão Shenzhou-13 em 2021. Ele é acompanhado por Li Cong e Li Guangsu, que embarcam em uma viagem espacial pela primeira vez. A expectativa é que permaneçam na estação espacial Tiangong por seis meses, onde realizarão experimentos nas áreas de física básica em microgravidade, ciência de materiais espaciais, ciência de vida espacial, medicina espacial e tecnologia espacial. Essa nova equipe substituirá a tripulação da missão Shenzhou-17, que decolou para o espaço em outubro passado.
O governo chinês tem investido pesadamente em seu programa espacial, liderado pelo Exército chinês e com objetivos ambiciosos de alcançar outros grandes players do setor, como Rússia e Estados Unidos. Pequim planeja enviar uma missão tripulada à Lua até 2030 e construir uma base na superfície lunar. Desde que foi banida da Estação Espacial Internacional em 2011, a China tem trabalhado para desenvolver sua própria estação espacial.
Os investimentos no programa espacial chinês e os avanços conquistados são parte de uma estratégia do presidente Xi Jinping, que busca solidificar a China como uma potência global também no espaço. Com a conquista de enviar uma missão tripulada à Lua e construir uma base lá até 2030, a China demonstra sua ambição de se tornar uma força dominante não apenas na Terra, mas também além dela.