Ministério Público pede arquivamento de investigação de corrupção da esposa de Pedro Sánchez, líder socialista ameaçado de renúncia

O Ministério Público espanhol decidiu solicitar o arquivamento da investigação sobre suposta corrupção da esposa do primeiro-ministro Pedro Sánchez. A denúncia que originou a investigação veio de uma associação ligada à extrema direita, a qual admitiu ter se baseado apenas em notícias veiculadas na imprensa. O anúncio do processo levou o líder socialista a ameaçar renunciar, porém, com a manifestação do Ministério Público, a situação parece tomar um novo rumo.

De acordo com informações, o processo foi classificado como sigiloso, não fornecendo muitos detalhes sobre as acusações de corrupção e tráfico de influência envolvendo Begoña Gómez. As investigações estavam relacionadas às conexões de Gómez com o grupo espanhol Globalia, proprietário da companhia aérea Air Europa. Havia negociações em curso entre a empresa e o governo a respeito de um resgate durante a pandemia, o qual foi bem-sucedido.

A queixa apresentada não apresentava provas substanciais dos supostos crimes de tráfico de influência e corrupção denunciados pela associação Manos Limpias, próxima da extrema direita. A própria organização admitiu ter se baseado apenas em informações jornalísticas que mencionavam possíveis irregularidades, deixando à Justiça a responsabilidade de verificar a veracidade dessas alegações.

Diante da situação, Pedro Sánchez considera as denúncias contra sua esposa como uma estratégia de assédio e destruição promovida por meios apoiados pela direita e extrema direita. O primeiro-ministro espanhol anunciou que tomará uma decisão sobre sua permanência no cargo na próxima segunda-feira, após a revogação do despacho do tribunal de Madri pela solicitação do Ministério Público. A expectativa é que o processo contra Begoña Gómez seja arquivado, conforme a recomendação do MP.

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