Titã, apesar de ser apenas uma lua, possui características de um planeta, com nuvens, chuva, lagos, rios e até mesmo um oceano subsuperficial de água salgada. Por isso, a Nasa está interessada em explorar as possíveis semelhanças e diferenças entre Titã e a Terra primitiva, antes do desenvolvimento da vida.
A aeronave Dragonfly, que custará cerca de US$ 3,35 bilhões e está prevista para ser lançada em julho de 2028, será equipada com câmeras, sensores e coletores de amostras para examinar áreas de Titã ricas em matéria orgânica. Além disso, o veículo poderá investigar a presença de processos químicos pré-bióticos comuns em Titã e na Terra.
O local de pouso da Dragonfly será na região equatorial de Titã chamada Shangri-La, que apresenta dunas feitas de grãos escuros de hidrocarbonetos, similares a areias de desertos terrestres. Os cientistas acreditam que Titã possa ter tido vulcões ativos que expeliam “lava” de água líquida em vez de rocha derretida, o que torna esse astro ainda mais intrigante.
Com esse projeto inovador, a Nasa marca um marco na exploração espacial ao voar um veículo para fins científicos em outro corpo planetário. A busca por respostas sobre a origem e a evolução de Titã certamente trará avanços significativos para a ciência e a compreensão do universo que habitamos.