Operação do Gaeco resulta na prisão de milicianos na comunidade Bateau Mouche em Jacarepaguá, envolvendo policiais militares e civis.

Na manhã desta quinta-feira (25), o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro, deflagrou uma operação contra milicianos envolvidos com um grupo que atua na comunidade Bateau Mouche, localizada no bairro da Praça Seca, em Jacarepaguá. A ação resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo um policial civil e dois policiais militares.

Denominada de Operação Naufrágio, a ação denunciou à Justiça um total de 16 pessoas por organização criminosa e extorsão a comerciantes, empreendedores, vendedores ambulantes e mototaxistas. Entre os presos está o sargento PM Djarde de Oliveira da Conceição, conhecido como Negão 18, que teve em sua residência apreendidos maconha, carregadores e munição para fuzil automático.

Outro policial militar, identificado como Reinaldo de Souza, não foi encontrado durante a operação. Em comunicado, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que a Corregedoria Geral da corporação prestou apoio às ações do Ministério Público no caso da milícia na Comunidade do Bateau Mouche. Durante a ação, foram apreendidos entorpecentes, munições, carregadores de armas e celulares.

A denúncia do MPRJ evidenciou a estreita relação entre os milicianos e policiais, que forneciam informações privilegiadas, além de armas desviadas de apreensões e uniformes aos criminosos. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Justiça do Rio, determinando a suspensão das funções públicas dos policiais e a adoção de outras medidas cautelares.

Além disso, a operação também identificou um homem que se passava por policial civil, utilizando arma, uniforme e distintivo, e participava de operações em viatura oficial da instituição. A Polícia Civil informou que participou da ação e que o envolvido, conhecido como Luiz Carlos da Cruz, está foragido e será afastado de suas funções.

As investigações revelaram a complexa rede de corrupção envolvendo milicianos e agentes de segurança, com troca de favores, subornos e fornecimento de armas ilegalmente. O caso será investigado minuciosamente pela Corregedoria-Geral de Polícia Civil para garantir a punição dos envolvidos e a preservação da segurança da população carioca.

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