A história por trás desse relógio é repleta de tragédia e riqueza. Astor, um empresário americano com uma fortuna estimada em US$ 87 milhões, foi visto pela última vez fumando um cigarro enquanto o Titanic afundava no Atlântico. Ele conseguiu colocar sua esposa, Madeleine Talmage Astor, em um bote salva-vidas, mas teve sua entrada vetada na embarcação. Madeleine sobreviveu, mas o corpo de Astor foi encontrado sete dias após o naufrágio.
O relógio de bolso de Astor foi passado para seu filho, Vincent, que o manteve em posse até 1935, quando presenteou seu afilhado, William Dobyn. Posteriormente, o objeto foi adquirido por um colecionador, cuja identidade não foi revelada. Além do relógio, um par de abotoaduras de ouro e o plano de acomodação de primeira classe de Astor também estarão disponíveis no leilão.
Andrew Aldridge, leiloeiro da Henry Aldridge & Son, descreveu o relógio como um dos itens mais notáveis relacionados ao Titanic que já passaram por suas mãos. Ele destacou a excelente condição do artefato, que passou sete dias no oceano Atlântico após o naufrágio e ainda assim se manteve preservado. O leilão ocorrerá até o dia 27 deste mês, e os interessados podem fazer lances pela peça.
Esse relógio de ouro se torna não apenas uma peça de valor inestimável, mas também um espectro do passado que nos lembra da trágica história do Titanic e das vidas perdidas naquela noite fatídica.
