A ação da polícia resultou no cumprimento de seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão domiciliar em diversas cidades de Pernambuco, como Recife, Gravatá, Sairé, Afogados da Ingazeira e Iguaracy. Um dos suspeitos ainda está foragido, o que dificulta a sua localização e detenção. Dos presos, três são servidores do TJPE, sendo dois técnicos e um analista, que era o líder do grupo.
A Operação Themis, como foi denominada, tem como alvo servidores do Poder Judiciário envolvidos na falsificação e expedição indevida de alvarás. O líder da organização criminosa utilizava a certificação digital de uma juíza aposentada para emitir os alvarás fraudulentos para beneficiar terceiros. Mesmo a juíza aposentada sendo ouvida, ela alegou não ter conhecimento das atividades ilegais. Dois dos servidores presos já tinham sido demitidos administrativamente antes da prisão.
Os criminosos utilizavam o dinheiro obtido ilicitamente para adquirir bens de luxo, como joias, bolsas e carros, além de lavá-lo por meio da compra de imóveis. A polícia identificou que o líder da facção gastou mais de R$ 12 milhões em carros em apenas um ano. Os investigadores ainda estão analisando as contas e o patrimônio do líder, pois suspeitam que ele possa ter cometido mais crimes.
Durante a prisão dos suspeitos, foram apreendidos diversos itens de luxo, como colares, brincos, relógios e bolsas. Os materiais apreendidos, juntamente com os suspeitos, foram encaminhados ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado em Recife para continuidade das investigações. Os bens dos suspeitos foram bloqueados para possibilitar a investigação de possíveis lavagens de dinheiro adicionais.