Servidores do TJPE são presos por peculato e lavagem de dinheiro, causando prejuízo de R$ 6,4 milhões em alvarás irregulares

Na manhã desta quinta-feira, uma operação realizada pela Polícia Civil de Pernambuco resultou na prisão de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Esses servidores estão sendo investigados por diversos crimes, incluindo lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, peculato e comunicação falsa de crime. O prejuízo causado por suas ações chega a cerca de R$ 6,4 milhões, devido à expedição irregular de alvarás.

A ação da polícia resultou no cumprimento de seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão domiciliar em diversas cidades de Pernambuco, como Recife, Gravatá, Sairé, Afogados da Ingazeira e Iguaracy. Um dos suspeitos ainda está foragido, o que dificulta a sua localização e detenção. Dos presos, três são servidores do TJPE, sendo dois técnicos e um analista, que era o líder do grupo.

A Operação Themis, como foi denominada, tem como alvo servidores do Poder Judiciário envolvidos na falsificação e expedição indevida de alvarás. O líder da organização criminosa utilizava a certificação digital de uma juíza aposentada para emitir os alvarás fraudulentos para beneficiar terceiros. Mesmo a juíza aposentada sendo ouvida, ela alegou não ter conhecimento das atividades ilegais. Dois dos servidores presos já tinham sido demitidos administrativamente antes da prisão.

Os criminosos utilizavam o dinheiro obtido ilicitamente para adquirir bens de luxo, como joias, bolsas e carros, além de lavá-lo por meio da compra de imóveis. A polícia identificou que o líder da facção gastou mais de R$ 12 milhões em carros em apenas um ano. Os investigadores ainda estão analisando as contas e o patrimônio do líder, pois suspeitam que ele possa ter cometido mais crimes.

Durante a prisão dos suspeitos, foram apreendidos diversos itens de luxo, como colares, brincos, relógios e bolsas. Os materiais apreendidos, juntamente com os suspeitos, foram encaminhados ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado em Recife para continuidade das investigações. Os bens dos suspeitos foram bloqueados para possibilitar a investigação de possíveis lavagens de dinheiro adicionais.

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