Tribunal russo condena homem a 10 anos de prisão por “alta traição” e “terrorismo” por querer se juntar ao Exército ucraniano

Um homem de 26 anos foi condenado a 10 anos de prisão na Rússia por “alta traição” e “terrorismo” após ser acusado de tentar se unir ao Exército de Kiev para lutar contra seu próprio país. De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias TASS nesta quinta-feira (25), o jovem, residente na república da Buriácia, localizada na Sibéria, demonstrou interesse em integrar as forças ucranianas devido à sua discordância com a política de Moscou.

As autoridades de segurança russas (FSB) afirmaram que o indivíduo estava em contato com um cidadão ucraniano desde a primavera de 2023 e havia adquirido equipamento militar, incluindo capacete, colete à prova de balas, uniforme de camuflagem e uma bandeira ucraniana, através de compras online. Ele foi detido na região de Kemerov, na Sibéria, quando estava a caminho da Ucrânia com o objetivo de se unir à “Legião Liberdade da Rússia”, considerada uma organização terrorista pelo governo russo.

O nome do acusado não foi divulgado, mas as autoridades informaram que ele cumprirá os três primeiros anos da sentença em uma prisão comum, antes de ser transferido para uma colônia prisional de regime severo. Além disso, nesta mesma quinta-feira, o FSB também anunciou a condenação de um cidadão ucraniano a 11 anos de prisão por espionagem, sob a acusação de repassar informações sobre tropas e infraestrutura russas na região de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia.

Esses casos evidenciam a tensão geopolítica entre Rússia e Ucrânia, que têm enfrentado conflitos e disputas territoriais nos últimos anos. A condenação dos acusados reforça a postura rigorosa do governo russo em relação a atividades consideradas contrárias aos interesses nacionais, sobretudo em um contexto de conflito armado entre os dois países.

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