A delegação do movimento islamita está programada para viajar ao Egito na segunda-feira para entregar a resposta do grupo à contraproposta de Israel, afirmou o alto dirigente, que pediu para não ser identificado.
De acordo com declarações do líder, o Hamas encara de maneira positiva a situação, a menos que novos obstáculos surjam por parte de Israel. Ele ressaltou que não há grandes problemas nas observações e perguntas levantadas pelo Hamas em relação ao conteúdo da proposta.
A pressão sobre o governo israelense tem aumentado, tanto interna como externamente, para que um acordo seja estabelecido visando encerrar os contínuos bombardeios em Gaza, território governado pelo Hamas desde 2007.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou que fará uma viagem a Israel e Jordânia para se reunir com as autoridades e intensificar os esforços diplomáticos em busca de um cessar-fogo em Gaza.
Durante uma chamada telefônica no domingo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, revisaram as negociações em curso visando garantir a libertação dos reféns e um cessar-fogo imediato em Gaza, conforme destacado pela Casa Branca.
Os países atuantes na busca por um acordo realizaram uma reunião do Fórum Econômico Mundial na Arábia Saudita, onde o ministro das Relações Exteriores saudita destacou a incapcidade da comunidade internacional em resolver a situação em Gaza.
A fonte do Hamas que acompanha as negociações declarou à AFP que o grupo está disposto a discutir a nova proposta de maneira positiva, visando chegar a um acordo que garanta um cessar-fogo permanente, o retorno dos deslocados, uma troca de prisioneiros aceitável e o fim do cerco em Gaza.
Os esforços para alcançar um acordo de cessar-fogo continuam apesar do cenário desolador em Gaza, onde uma grande parte da população corre o risco de enfrentar uma crise humanitária e de fome, conforme alertado pela ONU.
Israel se mantém firme em sua rejeição aos apelos para a criação de um Estado palestino, enquanto a situação se agrava na região com novos episódios de bombardeios e ataques, colocando em risco a vida de milhares de pessoas.