O agora presidente eleito, aos 64 anos, sucederá a Ricardo Martinelli, ex-presidente do país. Em sua primeira declaração após a confirmação da vitória, Mulino expressou responsabilidade e humildade diante do resultado, que considera a expressão da vontade majoritária do povo panamenho na democracia.
Em um gesto de democracia e respeito ao processo eleitoral, o segundo colocado, o ex-cônsul Ricardo Lombana, de centro-direita, reconheceu a derrota e desejou sucesso ao vencedor. Este gesto foi fundamental para a reconciliação nacional em um momento de desafios para o Panamá.
O novo presidente assume o cargo em um contexto marcado pela corrupção enraizada, uma seca que afeta o tráfego no canal, principal fonte econômica do país, e o fluxo de migrantes atravessando a perigosa selva de Darién rumo aos Estados Unidos. Além disso, Mulino recebeu o respaldo do Supremo Tribunal de Justiça para concorrer, apesar das contestações anteriores.
As perspectivas econômicas do Panamá são incertas, com desafios como o déficit fiscal, a dívida pública e a infraestrutura em colapso. O novo presidente terá a difícil tarefa de conduzir o país diante desses desafios, buscando ajustes e crescimento econômico com progresso social.
Em um país marcado pela desigualdade, o governo de Mulino terá que lidar não apenas com questões econômicas, mas também sociais, como o acesso a serviços básicos em comunidades carentes. Além disso, a política migratória será um tema chave, com a promessa do presidente eleito de “fechar” a rota de migração através da selva de Darién.
O Panamá inicia um novo capítulo em sua história política, com José Raúl Mulino assumindo a presidência em um momento desafiador para o país. Espera-se que o novo governo consiga enfrentar os obstáculos e promover um desenvolvimento sustentável para todos os panamenhos.
