De acordo com a Polícia Civil, as duas mulheres foram as últimas a saírem da sala após o atendimento médico, quando o profissional percebeu que seu celular havia sumido. Ele então questionou as duas sobre o paradeiro do aparelho. A Secretaria de Saúde de Ipojuca informou que o médico registrou a falta do celular e perguntou a outras pessoas no local se haviam visto o aparelho, porém, ele afirmou que não acusou ninguém.
Diante da queixa e do registro do Boletim de Ocorrência, a secretaria está avaliando se abrirá uma apuração junto à Ouvidoria. A Polícia Civil já iniciou investigações sobre o caso e registrou a ocorrência como “outras ocorrências de ilícitos penais”, através da Delegacia de Porto de Galinhas.
É importante ressaltar que a acusação de roubo só foi direcionada às duas mulheres negras, sem evidências concretas. A situação levanta questionamentos sobre possíveis discriminações raciais e preconceitos existentes no contexto da UPA de Ipojuca.
Nossa equipe procurou a Secretaria de Saúde de Ipojuca para obter mais informações sobre o caso, porém, até o momento, não recebemos resposta. Além disso, tentamos entrar em contato com o médico envolvido, mas também não obtivemos sucesso.
É fundamental que casos como esse sejam investigados de forma imparcial e sem preconceitos, assegurando a igualdade de tratamento para todas as pessoas envolvidas. A acusação de um crime deve ser baseada em evidências concretas, e não em estereótipos raciais. A sociedade espera que a polícia e as autoridades competentes conduzam as investigações de maneira justa e transparente, para que a verdade seja revelada e a justiça seja feita.
Assim que tivermos mais informações ou qualquer atualização sobre o caso, traremos em nossas próximas reportagens. É necessário que casos como esse sejam levados à luz para que possamos debater e combater possíveis discriminações raciais e preconceitos em nosso país.