Chegando em uma caravana de carros pretos sob cobertura da imprensa, Trump enfrentou a acusação de tentar alterar os resultados das eleições, em um processo que acontece em plena campanha eleitoral republicana, menos de uma semana antes das primárias em Iowa.
O ex-presidente alega que goza de “imunidade absoluta” por ter ocupado o cargo, fazendo referência à jurisprudência da Suprema Corte relativa a ações civis contra o ex-presidente Richard Nixon. No entanto, a juíza Tanya Chutkan rejeitou seu pedido e afirmou que não há base legal para proteger um ex-presidente de processos penais. A juíza ainda declarou que os anos de serviço como presidente não lhe conferem o direito de evitar a responsabilidade criminal.
Em sua defesa, Trump argumenta que foi absolvido da acusação de tentativa de alterar os resultados no julgamento de impeachment no Congresso devido ao ataque ao Capitólio em janeiro de 2021. No entanto, a juíza Chutkan considerou que o processo de impeachment não constitui um julgamento criminal.
O ex-presidente, que se declarou inocente no caso em 3 de agosto de 2023, alega que seus problemas judiciais são culpa do governo de Joe Biden, buscando a imunidade presidencial contra as acusações. No entanto, os promotores argumentam que reconhecer a imunidade de Trump representaria um perigo para as instituições.
Além deste processo, Trump também é alvo de processos judiciais por interferência eleitoral na Geórgia, suposta negligência na gestão de documentos ultrassecretos e casos de fraude corporativa e agressão sexual.
Com diversos processos criminais e civis em andamento, Trump enfrenta uma batalha judicial complexa que pode impactar sua participação nas próximas eleições presidenciais, enquanto continua a defender sua imunidade presidencial.