No centenário de nascimento de Millôr Fernandes, amigos fazem reflexões sobre o legado deixado por este grande autor.

O Brasil comemora hoje o centenário de um dos seus grandes artistas: Millôr Fernandes. Nascido no subúrbio carioca do Méier em 16 de agosto de 1923, Millôr foi desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista. Ganhou notoriedade por suas colunas de humor gráfico em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil.

Millôr Fernandes, nome artístico de Milton Viola Fernandes, foi aclamado como uma das grandes mentes do país. Seu talento como artista gráfico fascinava e seus escritos eram magistrais. Suas frases e sátiras sempre foram muito apreciadas e transcritas para o papel de forma exemplar. Sua liberdade na criação de traços e cores foi uma grande inspiração para as artes gráficas.

O cartunista Claudio Duarte, em depoimento à Agência Brasil, descreveu Millôr como um gênio, uma inteligência rara. Ele foi profundamente influenciado pelo trabalho de Millôr Fernandes nas publicações do Pasquim e na revista Veja. Apesar de nunca ter conhecido pessoalmente o artista, Duarte afirma que aprendeu muito com seu talento e suas frases marcantes.

Carlos Amorim, cartunista que trabalhou no jornal O Pasquim, destacou o papel de Millôr como o farol daquela turma. Ele era o guru para artistas como Ziraldo e Jaguar. Segundo Amorim, a saída de Millôr do Pasquim foi um divisor de águas para a publicação, que passou a sofrer muito após a sua partida. Amorim afirma que Millôr levava o humor a sério e que para ele, jornalismo era oposição.

O escritor Geraldo Carneiro, imortal da Academia Brasileira de Letras, definiu Millôr como um privilégio da cultura brasileira. Segundo ele, Millôr “analfabetizou a minha geração” com suas sessões de Pif Paf e Van Gogo. Carneiro elogiou a criatividade e a capacidade de compreensão de qualquer ideia que Millôr possuía. Para ele, Millôr era uma pessoa maravilhosa, tanto pelo intelecto quanto pela ética e retidão intelectual.

Millôr Fernandes era conhecido por sua ironia e pela crítica ferrenha à Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele era um iconoclasta perfeito e tinha aversão a qualquer tipo de instituição. Suas frases célebres são lembradas até hoje, como “Amor não é coisa para amador” e “Livrai-me da justiça, que dos malfeitores me livro eu”.

A vida de Millôr Fernandes foi marcada por seu talento e genialidade. Começou sua carreira como jornalista aos 14 anos e passou por diversas publicações importantes no Brasil. Em seu centenário, o Brasil celebra a contribuição inestimável de Millôr Fernandes para a cultura e o humor brasileiros.

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