A PGR busca transferir agentes detidos por negligência em ações golpistas.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, que foram presos devido às suas ações nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, sejam detidos em unidades militares distintas. Os militares estão sendo investigados por falhas no policiamento durante os atos golpistas.

O pedido da PGR foi apresentado na última sexta-feira (25) e encaminhado ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Isso aconteceu após a Secretaria de Segurança do Distrito Federal informar que três dos cinco coronéis que tiveram a prisão preventiva decretada pelo ministro estão sendo supervisionados por um major, que possui patente inferior, nas instalações do 19º Batalhão de Polícia Militar. Segundo a legislação, policiais não podem ficar presos em prisões comuns.

Atualmente, os coronéis Jorge Eduardo Naime Barreto, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra estão detidos nessa unidade militar.

A procuradoria está investigando possíveis irregularidades nas instalações onde os oficiais estão presos, como visitas não autorizadas. Carlos Frederico Santos, subprocurador responsável pela investigação, afirmou que há indícios de que a unidade militar não possui condições adequadas para garantir “a disciplina mínima”.

Com base nas acusações de omissão contra os militares, Alexandre de Moraes autorizou, no dia 18 de agosto, a Polícia Federal a cumprir mandados judiciais de prisão preventiva e realizar buscas e apreensões nos endereços residenciais dos oficiais da PM.

É importante destacar que a PGR está empenhada em garantir que todos os investigados sejam tratados de forma adequada e que a integridade deles seja preservada. Portanto, a solicitação de que os oficiais sejam detidos em unidades militares diferentes é uma medida que visa garantir a imparcialidade das investigações e evitar possíveis influências indevidas no decorrer do processo.

O STF irá analisar o pedido da PGR e caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se acata a solicitação de detenção em unidades militares distintas. A partir dessa decisão, será possível definir onde cada oficial será detido durante o andamento do processo.

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