Conhecido como azevinho pernambucano, o arbusto foi encontrado na cidade de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. Uma expedição, apoiada pelo grupo conservador Re:wild, passou seis dias trabalhando na região com a expectativa de avistá-lo.
O arbusto, cientificamente denominado como Ilex sapiiformis, foi registrado pela primeira vez em 1838 pelo biólogo escocês George Gardner. Até março de 2022, sua coleção era o único avistamento confirmado. No entanto, a nova expedição encontrou quatro arbustos às margens de um riacho em Igarassu.
A importância dessa redescoberta reside no fato de que o azevinho pernambucano foi encontrado em uma região metropolitana com cerca de 6 milhões de habitantes. A encarregada do programa de espécies perdidas do Re:wild, Christina Biggs, ressaltou esse aspecto e destacou a integração das plantas aos ecossistemas nativos.
A equipe de cientistas encontrou os arbustos seguindo a trilha das pequenas flores brancas características da espécie. Para Juliana Alencar, membro da expedição, foi como se o mundo tivesse parado de girar suas engrenagens. Ela descreveu o momento como incrível e surpreendente.
Agora, a equipe de cientistas planeja iniciar um programa de reprodução para preservar a espécie. O líder da expedição, o ecologista Gustavo Martinelli, falou sobre a importância desse projeto e da necessidade de proteger o azevinho pernambucano.
Essa descoberta é mais uma prova de como a natureza ainda tem a capacidade de nos surpreender. Encontrar uma espécie que não era avistada há quase dois séculos é um acontecimento extraordinário. Além disso, ressalta a importância da conservação dos ecossistemas naturais e da biodiversidade.
O apoio de organizações como o Re:wild e de figuras conhecidas internacionalmente, como o ator Leonardo DiCaprio, contribui para o financiamento de expedições e a busca por espécies consideradas extintas. É um trabalho fundamental para a preservação da vida na Terra e para a conscientização sobre a importância da conservação ambiental.
