Segundo Valério, a atuação da entidade, composta por agentes de oito países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), incluindo grandes potências internacionais, caracteriza o fortalecimento de um “poder paralelo”. Para o senador, essa iniciativa está entregando não apenas a exploração econômica às ONGs, mas também a segurança da Amazônia.
Valério faz um paralelo entre a atuação das ONGs na região e a implantação do Centro de Cooperação Policial Internacional, afirmando que a polícia internacional se tornará o novo cavalo de Troia que dominará a segurança do país através da Amazônia. O senador ressalta que as ONGs governam a Amazônia com o auxílio do Estado brasileiro e do Ministério Público Federal, formando, assim, um estado paralelo.
De acordo com o parlamentar, as Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na Amazônia, recebendo recursos internacionais de governos e fundações vinculadas a grandes empresas, não estão cumprindo o objetivo para o qual foram instaladas na região. Valério destaca o Imazon, que recebeu aproximadamente R$ 9,5 milhões em um ano, e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que obteve uma receita de R$ 28,447 milhões em 2022. Enquanto isso, as populações amazônicas que vivem em situação precária não recebem auxílio.
O senador avalia que seria ingênuo imaginar que todas as doações provenientes do exterior seriam encaminhadas para a região sem exigir nada em troca. Ele destaca a disparidade entre as ONGs, que possuem recursos abundantes, e a população ribeirinha, os habitantes da floresta e, principalmente, os indígenas, que teoricamente seriam o alvo dos investimentos. Essa população vive sem moradia digna, sem acesso mínimo a saneamento básico e sem recursos básicos, como a internet.
É importante ressaltar que o presente texto reproduz o pronunciamento realizado pelo senador Plínio Valério no Plenário e não cita a fonte original.