Avanço das mulheres na Igreja Católica surpreende em importante reunião do Vaticano, mas resistência à ordenação continua

Quando a defensora da ordenação de mulheres Helena Jeppesen-Spuhler participou do importante Sínodo dos Bispos no Vaticano neste mês, ela não estava muito otimista. Afinal, ela sabia que estava entrando em uma instituição dominada por homens há 2 mil anos e não sabia se seria realmente ouvida. No entanto, conforme a reunião confidencial chegava ao fim, Jeppesen-Spuhler ficou surpreendida com o apoio que encontrou. Alguns clérigos, incluindo padres, bispos e cardeais, mostraram abertamente seu apoio ao avanço das mulheres na Igreja Católica. Houve até discussões sobre a ordenação de mulheres como diaconisas.

No entanto, mesmo com esse apoio crescente, ainda há forte oposição à ordenação de mulheres como diaconisas, quanto mais como padres. A decisão final sobre o assunto cabe ao Papa Francisco, mas não é esperado que ele faça grandes mudanças. Além disso, os críticos argumentam que a ordenação de mulheres como diaconisas abriria precedente para a ordenação delas como padres, o que violaria a doutrina de 2 mil anos da Igreja.

Apesar das divergências, o papel das mulheres na Igreja tem sido uma questão urgente que emergiu de pesquisas ao redor do mundo. Mulheres católicas clamam por mais igualdade e participação nas atividades da Igreja há anos. Elas já desempenham diversos papéis importantes, como trabalhar em hospitais, escolas e organizações de caridade, preenchendo lacunas ministeriais em países com escassez de padres. No entanto, elas ainda são subordinadas a uma hierarquia masculina.

O Papa Francisco tem mostrado algum apoio às mulheres, abrindo portas para que elas desempenhem papéis mais formais na Igreja, como fazer leituras bíblicas durante a missa e atuar como coroinhas. Além disso, ele nomeou mulheres para cargos importantes no Vaticano. No entanto, críticos afirmam que essas medidas são apenas maquiagem.

Os defensores do empoderamento das mulheres reconhecem que a resistência a mudanças no papel delas é profunda na liderança da Igreja, mas argumentam que a sociedade está mudando e a Igreja precisa acompanhar essas mudanças para sua própria sobrevivência.

Embora ainda não se saiba se as deliberações do Sínodo resultarão em recomendações concretas de mudança, Helena Jeppesen-Spuhler é otimista sobre o futuro da igreja e o papel das mulheres nela. Ela acredita que tudo está em discussão e espera que sejam dados passos mais concretos nessa direção.

Em resumo, as discussões sobre o papel das mulheres na Igreja Católica estão ocorrendo dentro do Sínodo dos Bispos. Enquanto alguns clérigos apoiam o avanço das mulheres, há forte oposição à ordenação delas como diaconisas ou padres. A decisão final cabe ao Papa Francisco, que pode fazer mudanças, mas não se espera nenhuma grande transformação. Ainda assim, defensores do empoderamento das mulheres acreditam que a sociedade está mudando e a Igreja precisa acompanhar essas mudanças para sua própria sobrevivência.

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