ONU aprova proposta da Jordânia para trégua humanitária no Oriente Médio com 120 votos favoráveis

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou por ampla maioria uma proposta de resolução envolvendo o conflito no Oriente Médio. Com 120 votos favoráveis, a proposta, apresentada pela Jordânia e assinada por 39 países membros, pede uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza ao cessar das hostilidades”. Além disso, a resolução exige a libertação incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente em cativeiro. A aprovação de um texto emergencial na Assembleia Geral requer o apoio de dois terços dos países. Neste caso, 14 países votaram contra e 45 se abstiveram.

A Assembleia Geral da ONU é formada por representantes dos 193 países membros da organização. Vale ressaltar que as resoluções aprovadas pela Assembleia Geral não possuem caráter de ordem, sendo mais um gesto político. Dentre os países que apoiaram a proposta estão Brasil, Jordânia, Argentina, Egito, China, Líbano, Rússia, Portugal, Arábia Saudita e África do Sul. Por outro lado, Israel, Estados Unidos, Guatemala, Áustria, Hungria e Paraguai votaram contra.

Antes da votação, a proposta da Jordânia foi criticada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield. Segundo ela, a resolução não condena o grupo Hamas e também não menciona o termo “reféns” para se referir às mais de 200 pessoas sequestradas pelo grupo na Faixa de Gaza no dia 7 de outubro.

Além da trégua humanitária e da libertação de civis, a resolução aprovada pela ONU exige o cumprimento do direito internacional por todas as partes envolvidas no conflito. O documento também enfatiza que os civis da Faixa de Gaza devem ter acesso a bens e serviços essenciais, como água, alimentos e medicamentos, e pede a anulação da ordem de evacuação de todas as pessoas do norte do território palestino emitida por Israel. Por fim, a resolução destaca que uma solução justa e duradoura para o conflito entre israelenses e palestinos só poderá ser alcançada pacificamente, de acordo com as resoluções pertinentes da ONU e do direito internacional, e com base na solução de dois Estados.

A aprovação desta resolução pela Assembleia Geral da ONU mostra o esforço internacional para buscar uma solução para o conflito no Oriente Médio. No entanto, é importante lembrar que a resolução não tem poder de imposição e depende da vontade política das partes envolvidas para que seja efetivamente implementada. Resta agora acompanhar os desdobramentos e aguardar se essa trégua humanitária efetivamente acontecerá.

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