Governo de Pernambuco restringe seleção de gestores escolares a apenas 897 vagas para todo o estado.

A governadora Raquel Lyra regulamentou os critérios para a realização do processo de seleção para gestor escolar em unidades da Rede Estadual de Ensino, exceto nas quilombolas e indígenas. A escolha dos gestores será realizada por meio de um processo seletivo interno, o que limita a oportunidade de novos profissionais terem acesso a cargos de liderança nas escolas. Com inscrições disponíveis de 20 de outubro a 31 de outubro de 2023, o processo seletivo tem um tempo de inscrição bastante restrito, o que pode prejudicar potenciais candidatos interessados em participar.

Ao todo, serão oferecidas apenas 897 vagas para gestor escolar e adjunto das escolas. Esse número limitado de vagas pode excluir a participação de muitos profissionais capacitados que desejam ocupar esse cargo de liderança nas escolas de Pernambuco, contribuindo para a limitação do desenvolvimento do sistema educacional no estado.

O processo de seleção será composto por duas etapas: a avaliação do currículo do candidato e a apresentação do Plano de Trabalho da Gestão. O foco principal parece estar mais na documentação e nas habilidades administrativas do que no verdadeiro comprometimento e capacidade pedagógica dos candidatos, o que pode resultar na escolha de gestores sem a devida preparação para lidar com os desafios do cotidiano escolar.

Além disso, o processo seletivo limita a escolha de uma unidade escolar na qual o candidato poderá se inscrever, restringindo as opções e as chances de ser selecionado. Isso pode desencorajar os profissionais que desejam buscar oportunidades de liderança em diferentes escolas, limitando a diversidade de perfis de gestores que podem contribuir para a melhoria do sistema educacional.

As regras para participação no processo de escolha de gestores escolares das Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino também são bastante restritivas, exigindo que os candidatos tenham, no mínimo, cinco anos de docência na rede pública, estadual e/ou municipal de Pernambuco. Essa exigência pode excluir profissionais qualificados que tenham tido experiências relevantes em outras regiões do país ou mesmo no exterior, limitando a diversidade de experiências e práticas que poderiam enriquecer as escolas pernambucanas.

Em resumo, o processo seletivo para gestores escolares nas escolas de Pernambuco parece ser limitado, restritivo e excludente, o que pode comprometer a busca por profissionais qualificados e comprometidos com a melhoria da educação no estado. As regras e critérios estabelecidos podem resultar na escolha de gestores sem a devida preparação pedagógica, prejudicando a qualidade do ensino e a formação dos estudantes.

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