Marcha Trans e Travesti no Rio de Janeiro: Protesto contra a transfobia e exigência de políticas públicas para o futuro.

No centro do Rio de Janeiro, homens, mulheres e pessoas não binárias transexuais e travestis se reuniram nesta sexta-feira (17) para protestar contra as condições de vida resultantes da transfobia. O tema da segunda Marcha Trans e Travesti foi “Pelo direito de sonhar novos futuros”. O objetivo do protesto foi cobrar políticas públicas para reverter a baixa expectativa de vida, falta de acesso ao mercado de trabalho e escolaridade entre esse grupo.

A manifestação começou na Candelária e percorreu a Avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro do Rio, até a Cinelândia, ponto tradicional de manifestações políticas e culturais populares. As principais reivindicações este ano incluem acesso e manutenção de pessoas trans e travestis em instituições de ensino, assistência de saúde física e psicológica, ampliação de ambulatórios do processo transexualizador e políticas públicas específicas para segurança da comunidade trans e travesti.

O ativista Gab Van, diretor da marcha, destacou que “sonhar dá sentido à luta” e ressaltou a importância do evento como um ato de resistência por e para pessoas trans. A presença de homens e mulheres trans e travestis, pessoas não bináries, vindas de diferentes regiões do estado e até mesmo do Brasil, foi celebrada como um sinal de união e força da comunidade.

A primeira mulher trans a ser eleita deputada estadual no Rio de Janeiro, Dani Balbi, participou do protesto e destacou a importância do evento como um espaço de organização da luta trans e travesti. Segundo ela, a marcha é fundamental para dar visibilidade à comunidade e ecoar as pautas contra assassinatos de pessoas trans e travestis e pela equidade de oportunidades.

Maria Eduarda, presidente da ONG Pela Vidda, voltada para a prevenção do HIV, ressaltou que a sociedade vive um momento “antitrans”, citando 69 projetos de lei antitrans tramitando. Ela destacou a importância de garantir o básico, como comida na mesa e oportunidades de estudo e trabalho.

O protesto foi marcado por discursos que enfatizaram a importância da luta pela igualdade e a necessidade de políticas públicas que garantam dignidade e oportunidades para as pessoas trans e travestis. A marcha foi uma demonstração de força e resistência da comunidade trans e travesti, que busca ser ouvida e ter seus direitos garantidos.

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