CPI das ONGs investiga expulsão de moradores e interferência de ONGs em Terra Indígena Apyterewa no Pará.

Nesta quarta-feira (29), os membros da CPI das ONGs desembarcaram no município de São Félix do Xingu, localizado no sudeste paraense, com o objetivo de investigar a situação da desintrusão na Terra Indígena (TI) Apyterewa. De acordo com o presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM), os moradores estariam sendo expulsos de suas terras com o uso de forte repressão por parte da Força Nacional e órgãos ambientais.

A operação em questão consiste na retirada de não indígenas que estariam ocupando irregularmente parte das terras da TI Apyterewa. O senador Valério enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia que aponta os abusos praticados por aproximadamente 300 agentes públicos da Força Nacional, da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na expulsão de colonos na região. Ele suspeita da interferência de ONGs na ampliação e desintrusão na TI Apyterewa.

O senador afirmou que encaminhou ao STF uma denúncia e que a CPI agora vai verificar in loco a situação. Ele destacou que há muitos questionamentos em relação à legalidade das terras indígenas, bem como sobre a falta de uma política para realocar as pessoas que estão sendo retiradas de lá, deixando mulheres, crianças e idosos sem teto e abandonados à própria sorte.

Além do presidente da CPI, participam da comitiva o relator, senador Márcio Bittar (União-AC), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), o senador Jaime Bagatolli (PL-RO), o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Esta diligência marca a última etapa das investigações da CPI das ONGs, que tem previsão para encerrar os trabalhos no próximo dia 19 de dezembro.

A comitiva da CPI das ONGs está empenhada em apurar as denúncias de abusos e violações de direitos que estariam ocorrendo durante a desintrusão da Terra Indígena Apyterewa. A visita in loco é uma demonstração do comprometimento dos membros da CPI em esclarecer a situação e garantir que os direitos das comunidades locais sejam respeitados. A investigação promete trazer à tona novos elementos e informações sobre a atuação das autoridades e entidades envolvidas nesse processo, bem como sobre a possível influência de ONGs na questão.

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