Câmara dos Deputados aprova projeto que permite afastamento de agressores de mulheres com uso de tornozeleira eletrônica

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (6) um projeto de lei que tem como objetivo permitir o afastamento do agressor no caso de violência contra a mulher, juntamente com o uso de tornozeleira eletrônica. O projeto de lei, de autoria do deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), foi aprovado com substitutivo da deputada Iza Arruda (MDB-PE) e agora será encaminhado ao Senado.

Segundo o texto aprovado, haverá também a previsão de que o equipamento de monitoração eletrônica seja capaz de alertar a vítima de eventual aproximação ilícita do agressor afastado, caso o projeto seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente.

O projeto modifica a Lei Maria da Penha, buscando garantir uma maior proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. Uma das principais alterações é a possibilidade de afastamento imediato do agressor pelo delegado de polícia ou mesmo por um policial, em localidades onde não houver delegado disponível no momento da denúncia. Em tais situações, a medida protetiva adotada deve ser comunicada ao juiz em um prazo de 24 horas.

A deputada Iza Arruda destacou a importância dessas alterações, ressaltando que “infelizmente, as medidas protetivas de afastamento do agressor nem sempre garantem a proteção das vítimas de violência doméstica e diuturnamente feminicídios são cometidos por agressores com determinação legal de se afastarem das vítimas”.

A próxima etapa para o Projeto de Lei 5427/23 é a avaliação e votação no Senado. Caso aprovado, seguirá para análise e possível sanção presidencial. As mudanças propostas têm como objetivo principal garantir maior proteção e segurança para as mulheres vítimas de violência doméstica, visando reduzir o número de feminicídios no país.

A reportagem ficou a cargo de Eduardo Piovesan, com edição de Francisco Brandão.

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