Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que torna obrigatória a realização de audiências públicas para elaboração de planos municipais de rotas acessíveis.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa tornar obrigatória a realização de audiências públicas para a participação da sociedade na elaboração de planos municipais de rotas acessíveis, direcionados para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. De acordo com o texto aprovado, os planos deverão conter metas de implantação, visando assim garantir o cumprimento efetivo das medidas propostas.

O substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Urbano ao Projeto de Lei 3181/19, do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), foi aprovado por recomendação do relator, deputado Duarte Jr. (PSB-MA). A proposta, analisada em caráter conclusivo, poderá seguir para o Senado, a menos que haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

A proposta altera o Estatuto da Cidade, que atualmente prevê a inclusão de um plano de rotas acessíveis nos planos diretores municipais, com intervenções nos passeios públicos para garantir acessibilidade a pessoas com deficiência. No entanto, o texto em vigor não abrange a participação popular nem estabelece metas definidas.

A inclusão da exigência de audiências públicas para a elaboração dos planos municipais de rotas acessíveis representa um avanço significativo em termos de democracia participativa, garantindo que a sociedade tenha voz ativa na definição de medidas que impactam diretamente a acessibilidade e qualidade de vida das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A iniciativa também busca assegurar a efetiva implementação das medidas propostas, ao estabelecer metas de implantação nos planos municipais. Dessa forma, o projeto de lei aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania representa um importante passo para a promoção da inclusão e garantia dos direitos das pessoas com deficiência no ambiente urbano.

A tramitação do projeto segue os trâmites legais estabelecidos pelo Congresso Nacional, e a expectativa é de que a proposta avance para as próximas etapas legislativas. A participação ativa da sociedade, por meio de audiências públicas, se mostra como um avanço democrático na definição de políticas públicas que impactam diretamente a vida das pessoas com deficiência.

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