A comissão externa foi instalada em abril e é composta por 9 deputados, todos de Alagoas. O objetivo é entender e buscar soluções para a situação provocada pelo afundamento do solo na região.
O caso teve início na década de 1970, com a mineração em Maceió pela Salgema Indústrias Químicas S/A, que mais tarde passou a se chamar Braskem. Uma das 35 minas de extração de sal-gema da empresa corre o risco de colapsar.
Após um tremor de terra em 2018, surgiram as primeiras rachaduras em imóveis. Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade havia provocado instabilidade no solo. A Braskem anunciou o fechamento das minas e desde então cerca de 60 mil pessoas tiveram que se mudar do local. O risco de colapso da mina 18 se agravou em novembro de 2023, após cinco tremores de terra, e a prefeitura da capital alagoana decretou situação de emergência, reconhecida pelo governo federal.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu ao presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, a edição de uma medida provisória para enfrentar os problemas causados pelo iminente colapso da mina.
A audiência pública é vista como um primeiro passo na busca de soluções para as comunidades atingidas pelo afundamento do solo em Maceió. Espera-se que a comissão externa, juntamente com as autoridades locais e demais órgãos competentes, possa buscar medidas efetivas para compensar as vítimas e evitar que novos desastres desse tipo ocorram no futuro.