A delegação brasileira tem defendido que o texto final da COP28 esteja alinhado com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, rejeitando a alternativa de um limite “bem abaixo dos 2ºC” proposto no Acordo de Paris. Além disso, o Brasil destaca a responsabilidade dos países desenvolvidos em liderar os esforços para reduzir a dependência econômica de petróleo, carvão e gás, enquanto os países em desenvolvimento precisam de apoio para fazer essa transição de forma justa e sustentável.
O terceiro rascunho do texto da COP excluiu a previsão de “eliminação” dos combustíveis fósseis e substituiu por “substituição” por energias renováveis, demonstrando uma disputa entre os países pela linguagem que deve ser adotada no documento final. O documento preliminar também prevê uma maior responsabilidade dos países desenvolvidos, que historicamente são responsáveis pela maior parte dos gases do efeito estufa.
Marina Silva ressaltou que, pela primeira vez desde 1992, quando ocorreu a primeira COP, o tema dos combustíveis fósseis está sendo diretamente tratado por uma Conferência do Clima. O Brasil, que sediará a COP30 em 2025, defende a criação de um grupo de trabalho para elaborar medidas que aumentem o consumo de energias renováveis e reduzam a dependência de combustíveis fósseis.
A crise climática, impulsionada pela queima de combustíveis fósseis, tem causado eventos extremos ao redor do mundo. No Acordo de Paris, as nações se comprometeram a combater o aquecimento global, buscando limitá-lo a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Essas discussões são essenciais para o futuro do planeta e das gerações futuras.