O relatório aponta que a situação é alarmante, com pelo menos 155.983 indígenas sofrendo as consequências dos conflitos gerados pela mineração, estando presentes em 141 ocorrências, a maioria delas envolvendo garimpeiros. Além disso, os quilombolas estiveram no centro de 35 conflitos, com ao menos 49.268 pessoas impactadas por essa realidade, incluindo ribeirinhos, pescadores, extrativistas, posseiros, geraizeiros e camponeses de fundo de pasto.
Ainda de acordo com o relatório, os grupos mais afetados pela mineração foram indígenas, trabalhadores e a população urbana. A ambição em torno das extrações ilegais de minérios, especialmente os garimpos, esteve por trás de 270 ocorrências em 22 estados. Os estados que mais concentraram os registros foram Pará, Amazonas, Minas Gerais, Mato Grosso e Roraima, com a maioria dos conflitos resultando em disputas por terra e água.
O relatório também destaca casos de violência extrema associados ao contexto da mineração, incluindo mortes, trabalhos análogos à escravidão, ameaças e casos de trabalho infantil. Apesar das desigualdades existentes entre as partes envolvidas, o relatório menciona 132 reações contra as violações praticadas, incluindo manifestações, cartas públicas, bloqueios de vias, ocupações e ações judiciais.
Os conflitos envolvendo a mineração no Brasil são uma realidade preocupante e que merece atenção por parte das autoridades competentes, com o intuito de buscar soluções que visem mitigar os impactos ambientais e garantir os direitos das comunidades afetadas.
