Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade de mineração provocou instabilidade no solo, levando a empresa Braskem a anunciar o fechamento das minas. Desde então, aproximadamente 60 mil pessoas tiveram que se mudar da área afetada. A Defesa Civil de Maceió está monitorando de perto a situação e, recentemente, houve um rompimento parcial na mina 18, culminando em nenhuma vítima.
O debate que acontecerá na Câmara foi solicitado pelos deputados do Psol Ivan Valente, do Rio de Janeiro, e Professora Luciene Cavalcante, de São Paulo. A reunião está marcada para as 10h30, no plenário 2, e tem como objetivo discutir as medidas necessárias para lidar com a situação e mitigar os impactos sobre a população local.
Durante uma audiência na Câmara, o representante do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas, Ricardo César de Barros Oliveira, admitiu que a Braskem nunca apresentou estudos de impacto ambiental. Ele explicou que a empresa obteve o direito de explorar sal-gema na cidade em 1966, época em que não eram exigidas licenças ambientais.
A situação em Maceió é preocupante e levanta questões sobre a responsabilidade das empresas e dos órgãos reguladores na proteção do meio ambiente e da população. O debate na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados é uma oportunidade para que medidas eficazes sejam discutidas e implementadas a fim de proteger as comunidades afetadas pelo afundamento do solo.