Israel intensifica operações militares no sul de Gaza apesar de apelos dos EUA pela proteção de civis palestinos.

Exército de Israel intensifica operações militares no sul da Faixa de Gaza
Hoje, em véspera de Natal, o Exército de Israel informou que intensificou suas operações no sul da Faixa de Gaza, apesar dos apelos dos Estados Unidos pela proteção dos civis palestinos. De acordo com o porta-voz militar Jonathan Conricus, a atenção das operações está se concentrando no sul do enclave palestino, sugerindo que as forças israelenses estão se aproximando do controle do norte, especialmente Gaza, onde ocorreram alguns dos principais confrontos desta semana. Os bombardeios foram registrados em Jabaliya e Gaza, no norte, e em Khan Yunis, no extremo sul, segundo informações do grupo terrorista Hamas, que indica que a Cidade de Gaza é um dos principais focos de confronto.

A cidade de Khan Younis é atualmente o principal alvo das operações militares israelenses, sendo classificada pelo porta-voz militar como um “reduto do Hamas”. No entanto, é para onde centenas de milhares de palestinos fugiram após a invasão de territórios no norte. Nesse sentido, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ligou para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, instando-o a proteger os civis. Após a ligação, circulou a notícia de que o líder americano teria persuadido o premier a não expandir as operações militares, o que foi negado por Netanyahu. Em uma declaração à agência Reuters, ele afirmou que Israel é um Estado soberano e suas decisões na guerra são baseadas em considerações operacionais próprias.

Até o momento, nove soldados morreram em combates em Gaza, elevando o número de militares mortos no conflito para 152, segundo um novo balanço do Exército israelense. No entanto, Israel nega atingir diretamente civis e garante que a guerra contra o Hamas é fundamental para impedir novos massacres, como o ocorrido em 7 de outubro passado. A ONU estima que cerca de 80% dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados devido aos combates, além da maioria dos hospitais estarem fora de serviço, impedindo o atendimento adequado aos feridos.

A atual situação no território de Gaza, que está completamente sitiado por Israel desde 9 de outubro, é catastrófica, com elevados níveis de insegurança alimentar e grande parte da população enfrentando dificuldades extremas. Não obstante as intimações internacionais, até o momento as operações israelenses parecem continuar sem perspectiva de trégua, deixando um rastro de medo, destruição e sofrimento.

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