Economista que virou cineasta relata sua história de vida: Entre a pobreza e os ricos, lideranças políticas e encontro com a Rainha.

Jornalista: Conforme grandes nomes da literatura brasileira como Clarice Lispector, a memória tem um papel importante na formação e consciência de cada indivíduo, uma vez que está inserida no tempo e é capaz de moldar a maneira como nos relacionamos com o mundo. Nesse sentido, é possível relatar vivências pessoais e experiências que influenciaram a forma como nos tornamos quem somos.

Como economista e colunista da Folha de Pernambuco, trago à tona alguns aspectos importantes da minha vida que contribuíram para a formação da minha consciência e visão de mundo. Nascido e criado em uma região suburbana da cidade, tive a oportunidade de enxergar a desigualdade social e econômica de perto. Vivi em um bairro pobre, mas fui educado pela visão esclarecida e progressista da minha mãe, que trabalhava como educadora. Assim, fui exposto a diferentes realidades, entendendo a importância de respeitar e conviver com valores distintos aos meus.

Ao longo da minha infância, tive a oportunidade de testemunhar a atuação comunitária dos meus pais em prol da comunidade em que vivíamos. Minha mãe, em especial, foi dirigente de uma escola que se tornou referência educacional para a comunidade local, o que me possibilitou ter um contato precoce e bastante significativo com a vivência política. Além disso, tive a oportunidade de conhecer personalidades icônicas como Assis Chateaubriand, patrono da escola, o que marcou de forma indelével a minha memória.

Outras experiências significativas, como a presença da Rainha Elizabeth II em um desfile próximo à minha residência, ou as idas frequentes ao cinema do bairro, contribuíram para a minha formação e apreço pela cultura. O contato com o universo do cinema, em especial, teve um papel fundamental na minha vida, e acabou por se tornar um ponto de inflexão na minha trajetória profissional.

A partir dessas experiências de vida, pude compreender a importância de buscar respeito e harmonia nas relações interpessoais, independentemente das diferenças. Além disso, percebi que a diversidade de experiências e vivências enriquece a sociedade de maneira única, e deve ser valorizada em toda a sua amplitude.

Assim, como seres humanos, é fundamental reconhecer e agir em consonância com diferentes valores e realidades, de forma a construir uma sociedade mais justa, inclusiva e respeitosa. É com base nessas experiências e vivências que busco guiar minha atuação como profissional e cidadão, contribuindo para um mundo mais igualitário e humano.

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