Durante a reunião, Kim declarou que considerar a Coreia do Sul como um país com o qual buscar reconciliação e unificação seria um erro, pois eles são vistos como “o principal inimigo”. Ele também observou uma situação de crise persistente e incontrolável na península coreana, atribuindo a responsabilidade por essa situação a Seul e Washington.
Essas declarações foram feitas em meio a um momento crítico nas relações intercoreanas, com a escalada da cooperação de defesa entre Seul e Washington, em resposta aos recordes de testes armamentísticos realizados pela Coreia do Norte. Além disso, Kim também determinou a reorganização dos departamentos responsáveis por questões transfronteiriças.
Durante a reunião do partido, também foi anunciado o lançamento de três novos satélites-espiões no próximo ano, como parte de um esforço para fortalecer o exército norte-coreano. Segundo a KCNA, foi declarada a tarefa de lançar três satélites de reconhecimento adicionais em 2024 como parte das decisões políticas chave para o próximo ano.
No mês passado, Pyongyang já havia colocado em órbita um satélite-espião militar, que, desde então, alega fornecer imagens de importantes instalações militares americanas e sul-coreanas.
Essa decisão de Kim Jong Un representa um revés nas tentativas de diálogo e cooperação entre as Coreias, e aumenta ainda mais as tensões na região. A Coreia do Sul e os Estados Unidos, por sua vez, devem acompanhar de perto os desdobramentos dessas declarações e avaliar as próximas medidas a serem tomadas em relação à Coreia do Norte.