Durante o encontro anual do partido, o regime de Kim Jong-un anunciou planos para aumentar a capacidade militar do país, incluindo o lançamento de três novos satélites espiões em 2024, a construção de drones e o desenvolvimento de capacidades de guerra eletrônica. Além disso, Pyongyang também realizou um número recorde de testes de armas neste ano, culminando com o lançamento de um potente míssil balístico intercontinental (ICBM), que foi interpretado como uma clara provocação aos Estados Unidos.
O líder norte-coreano, em seu discurso, criticou duramente os Estados Unidos e acusou o país de apresentar “vários tipos de ameaças militares”. Ele ordenou que as forças militares norte-coreanas monitorassem de perto a situação de segurança na península e pediu uma pronta resposta a possíveis movimentos agressivos por parte dos inimigos.
A tensão na península coreana aumentou ainda mais com a intensificação da cooperação em defesa entre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos. O grupo ativou um sistema para compartilhar dados em tempo real sobre os lançamentos de mísseis norte-coreanos. Além disso, recentemente, um submarino de propulsão nuclear dos EUA chegou ao porto sul-coreano de Busan, e bombardeiros de longo alcance foram enviados para exercícios com Seul e Tóquio.
Kim Jong-un ressaltou que os exercícios conjuntos entre os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão são “ações intencionalmente provocativas dos Estados Unidos para uma guerra nuclear”. Diante desse cenário, o líder norte-coreano declarou a necessidade de acelerar os preparativos para pacificar toda a Coreia do Sul, mobilizando todos os meios e forças físicas, inclusive nucleares, em caso de emergência.
As ameaças feitas por Kim Jong-un aumentaram as preocupações com a estabilidade da região, levantando questões sobre o impacto dessas tensões no escopo do cenário geopolítico global. A comunidade internacional tem acompanhado de perto a situação e busca maneiras de contornar a crise e evitar o pior cenário, uma guerra nuclear.
