A prefeitura de Guarulhos fornece café da manhã, almoço, jantar, água e cobertores aos refugiados no aeroporto. Além disso, equipes estão disponíveis para atender a qualquer necessidade emergencial, incluindo atendimento médico e vacinas. O atendimento médico é oferecido pelas unidades básicas de saúde da região, e há auxílio para tirar documentos e cursos de português disponíveis.
No total, há 207 vagas para acolhimento oferecidas pela prefeitura e mais 50 vagas pelo governo do estado de São Paulo, mas todas estão ocupadas atualmente. O fluxo de refugiados afegãos para o Aeroporto de Guarulhos começou em 2021, após a retirada das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão, após 20 anos de ocupação.
O grupo fundamentalista Talibã retomou o poder no Afeganistão após a retirada das tropas americanas. O Talibã é conhecido por sua interpretação rígida da Sharia, a lei islâmica, e por seu controle autoritário durante sua primeira ascensão ao poder na década de 1990. Durante seu governo, houve execuções, punições físicas, restrições draconianas à liberdade individual e proibição de atividades culturais como música, cinema e televisão.
A ocupação dos Estados Unidos foi em resposta aos ataques de 11 de setembro de 2001, quando o Talibã foi acusado de dar abrigo ao grupo terrorista Al Qaeda, responsável pelos ataques. As operações militares no Afeganistão começaram em outubro de 2001, mas o Talibã conseguiu retomar o controle do país em 2021, restabelecendo um governo fundamentalista.
A situação dos refugiados afegãos no Aeroporto de Guarulhos reflete a complexidade do cenário político no Afeganistão e a necessidade de apoio internacional para lidar com essa questão humanitária.
