Ministro do STF defende debate sem preconceitos sobre política de drogas e destaca segurança pública na América Latina

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso, participou nesta quarta-feira (17) do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde fez declarações sobre a segurança pública no Brasil e na América Latina.

Durante o evento, Barroso destacou a necessidade de incluir a preocupação com a segurança pública na agenda progressista, afirmando que esse tema tem sido negligenciado em algumas correntes políticas. Segundo o ministro, a violência e a insegurança têm se agravado recentemente, e é preciso debater o assunto sem preconceitos, abordando a questão de maneira abrangente.

Além disso, Barroso expressou sua preocupação com a região da Amazônia, afirmando que o Brasil corre o risco de perder a soberania da região para o crime organizado. Segundo ele, a Amazônia se tornou uma rota do tráfico de drogas, o que reforça a necessidade de uma política de segurança pública mais abrangente. O ministro ressaltou que o tráfico exerce um domínio sobre muitas comunidades pobres do Brasil, o que evidencia a gravidade do problema.

Barroso também mencionou a intenção de realizar um evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que preside, para discutir o tema da segurança pública e do combate às drogas. Ele destacou a importância de enfrentar esses desafios com criatividade e ousadia, deixando de lado preconceitos e buscando soluções eficazes para o problema.

Durante o evento em Davos, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e a ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld, também participaram do mesmo painel sobre a América Latina. Após as declarações no evento, Barroso conversou com jornalistas e reiterou sua preocupação com a ação do crime organizado e sua repercussão sobre a soberania da Amazônia.

Em suma, as declarações do ministro Barroso no Fórum Econômico Mundial ressaltam a importância de um debate amplo e desprovido de preconceitos sobre a segurança pública, bem como a necessidade de uma política mais abrangente para enfrentar o problema do tráfico de drogas e o domínio do crime organizado em regiões estratégicas como a Amazônia.

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