Exército israelita bombardeia Khan Yunis, novo epicentro da guerra em Gaza, enquanto familiares dos reféns instam Netanyahu a chegar a acordo.

Nesta segunda-feira, o mercado de Khan Yunis, no sul de Gaza, tornou-se o novo epicentro da guerra, sofrendo bombardeios mortíferos por parte do exército israelita, enquanto familiares dos reféns detidos pelo Hamas instaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a chegar a um acordo para libertá-los.

Testemunhas relataram que a cidade foi alvo de ataques durante a noite e que houve confrontos intensos entre soldados israelenses e combatentes do Hamas. O primeiro-ministro de Israel prometeu uma “vitória completa” contra o Hamas em resposta aos ataques do movimento islâmico no início do mês.

Os dados da AFP, com base em números israelenses, indicam que 1.140 pessoas morreram nos ataques, a maioria delas civis. Além disso, o Hamas fez cerca de 250 reféns, dos quais aproximadamente 132 permanecem em Gaza.

O agravamento do conflito tem despertado temores de uma escalada regional. Durante a noite, sirenes foram ouvidas no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, levando as forças israelenses a emitirem alertas de possíveis ataques. Confrontos quase diários entre as forças israelenses e o movimento libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, também têm sido relatados, e várias áreas do sul do Líbano foram alvo de ataques noturnos. Além disso, têm ocorrido surtos violentos na Cisjordânia ocupada.

Ainda, rebeldes Houthi do Iêmen atacaram navios que consideram serem de bandeira israelita no Mar Vermelho, provocando retaliações por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido. Grupos ligados ao Irã também reivindicaram ataques na Síria e no Iraque, como forma de rejeitar apoio.

Diante desse cenário, a comunidade internacional tem se mantido em alerta e busca formas de garantir que o conflito não se propague e cause um impacto ainda maior na região. A instabilidade na região tem sido uma preocupação constante para diversos atores internacionais, e o desafio de buscar soluções pacíficas para conflitos complexos e de longa duração permanece como um dos principais desafios geopolíticos da atualidade.

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