Operação Escudo: Ouvidoria das Polícias de SP solicita uso de câmeras corporais por policiais militares em novas fases.

A Ouvidoria das Polícias de São Paulo enviou um ofício ao governo do estado solicitando que os policiais militares envolvidos nas novas fases da Operação Escudo usem câmeras corporais. A intenção é garantir mais tranquilidade e segurança para a população que vive e trabalha nessas regiões, além de proporcionar segurança jurídica para a atuação dos policiais.

De acordo com o ouvidor das polícias, Cláudio Silva, a ideia é garantir publicidade e transparência na atuação policial, permitindo que uma ação legalista não tenha receio da visibilidade das suas ações. Além disso, foi enviado um ofício ao Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Estadual para que as ações sejam acompanhadas presencialmente.

A Operação Escudo é lançada sempre que um agente de segurança do Estado sofre um ataque, visando restabelecer a ordem e a sensação de segurança da população. Atualmente, estão em andamento quatro operações: na zona sul de São Paulo, em Santo André, Guarulhos e Piracicaba. A morte da policial militar Sabrina Romão, em Parelheiros, zona sul da capital, foi um dos crimes que motivou a reação das forças de segurança.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo, foram presos dois homens suspeitos de envolvimento na morte da policial. Além disso, ocorreram três casos de tentativa de latrocínio contra policiais que motivaram o lançamento das operações Escudo.

O ouvidor das polícias expressou preocupação quanto a repetição do modelo utilizado em Guarujá no ano passado, que resultou na morte de 28 pessoas em 40 dias após a morte de um soldado da Polícia Militar. Outra preocupação é quanto à precipitação na forma do anúncio das operações policiais, de acordo com a avaliação da socióloga Giane Silvestre, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo.

A defensoria pública de São Paulo apontou diversos indícios de abusos durante a execução da operação no ano passado, e pediu que os policiais militares fossem obrigados a usar câmeras corporais. No entanto, a pasta da Segurança Pública afirma que todas as mortes registradas no curso da operação são investigadas e que o conjunto probatório apurado foi compartilhado com o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Dessa forma, a utilização de câmeras corporais pelos policiais militares durante a Operação Escudo torna-se uma medida necessária para garantir a segurança da população, bem como a transparência e legalidade das ações policiais.

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